ALCATUNA...!!!!

A Alcatuna nasceu do gosto colectivo de alguns amigos pela música, pela cultura, pela convivência...
Foi seu objectivo inicial levar as nossas músicas além fronteiras, pois havia a possibilidade de viajar à América, viagem essa que não chegou a realizar-se.
De qualquer forma, o desejo de cantar, tocar, divertir-se não se perdeu e desde essa altura até hoje a Alcatuna tem vindo a enaltecer a nossa cultura, dando alegria a concertos, festas tradicionais e religiosas...
Nunca esquecendo que para divertir é preciso estar divertido posso garantir, pois também faço parte da trupe, que é tempo de qualidade e de diversão (e trabalho) aquele que se passa entre ensaios, encontros e actuações, pois no fundo somos apenas um grupo de amigos que gosta de se divertir, que gosta de música e de beber uns copos...

Podem ver aqui uma pequena amostra das nossas qualidades...
Não sejam tímidos: http://www.youtube.com/watch?v=jlHwJWe23cw

Tapetes de Arraiolos

Também em Alcafache existem várias 'casas' dedicadas à manufactura e comércio de Tapetes de Arraiolos.

Historicamente, é sabido que esta actividade tem fortes tradições islâmicas, nomeadamente em Arraiolos-Alentejo, fruto da forte presença que por aquelas bandas sofreram. Foi daquela vila alentejana que esta actividade foi trazida para esta zona por volta de 1920, por uma senhora (D. Irene Barbosa) que prezava muitas formas de arte (e talvez não tivesse nada que fazer, era solteira e tal...), e assim chegou a arte a Tibaldinho, povoação cujas bordadeiras possuíam uma habilidade natural para estes trabalhos, que desta forma facilmente acolheu e desenvolveu a arte da tapeçaria.

Desta forma, tiveram as mulheres desta zona a oportunidade de ter também elas um rendimento, podendo conciliar com as funções de dona de casa e de trabalho agrícola.

Região onde o verde se debruça sobre o Rio Dão

A sua história remonta pelo menos ao tempo dos romanos que aqui se fixaram junto da via que, saindo de Viseu seguia para além Mondego. A sua importância foi sendo conquistada ao longo da Idade Média, sendo uma das cinco paróquias medievais do concelho de Mangualde, recebendo Carta de Foral de D. Sancho I, confirmada por D. Manuel em 1514.
Ainda se encontram em Tibaldinho e Aldeia de Carvalho inscrições medievais.

Em cada uma das aldeias, por entre ruelas, travessas e pátios, podemos observar o casario em granito.

Em Tibaldinho encontra-se a única casa solarenga da freguesia com a sua capela particular, a Quinta de Stª. Eufémia.

Um pouco por toda a freguesia encontramos as Alminhas, memórias da devoção popular, normalmente junto de encruzilhadas. Também os cruzeiros marcam o seu território em alguns largos.

Novos acontecimentos na vida MJCA - continuação

Pois é camaradas e amigos... Venho dar aqui o meu feed-back acerca dos concertos... muito bons mesmo!! Posso parecer suspeito, mas nenhum dos outros Grupos Corais teve melhor qualidade que o nosso. Tanto o concerto em Alcafache como na Cunha Baixa foram muito bem conseguidos. Estávamos todos muito descontraídos e confiantes, o que fez com que fosse realmente um prazer cantar aquelas músicas e participar naquela bela festa!
E para que estava na plateia foi sem dúvida um tempo muito bem passado...
Por mim é para continuar....
Beijinhos e abraços!

Novos acontecimentos na vida MJCA

Olá a todos os (poucos) leitores...
Cá estou eu para dar conta de novos acontecimentos na vida do 'nosso' MJCA!!
Pois é pessoal... ando muito entusiasmado com esta evolução e melhoria, tanto a nível vocal como a nível de empenho dos elementos.... E tudo isto porque estamos a fazer parceria com o Grupo Coral S.António da Cunha Baixa a preparar dois concertos de Natal, um em Alcafache e o outro na Cunha Baixa.
Nestes concertos iremos ter também a visita de outros Corais e também irá agraciar-nos com a sua música a Banda da Sociedade Filarmónica de Tibaldinho, o que irá ser uma mais-valia para quem for assistir...

De certeza vai valer a pena!!!

A todos os que venham a ler isto.... apareçam!!!
Beijos e abraços

MJCA - Movimento Jovens Cristãos Alcafache

Este Post vai ser dedicado a uma das Instituições da freguesia de Alcafache e a que mais me diz respeito: o Movimento de Jovens Cristãos de Alcafache.
O MJCA é constituído por um grupo de amigos que gosta de cantar, estar juntos e fazer algo de útil nos tempos livres (e não só..)

Inicialmente, tinha como função a animação Litúrgica da Eucaristia na Igreja de Alcafache.
No entanto, a partir de 1993 decidiu o Coro enveredar também por um caminho mais técnico e variado, no que diz respeito à execução de música sacra e profana.
No seu historial contam-se já participações em variados Encontros de Coros pelo país, destacando-se de entre eles o Encontro de Coros de Valadares e um Encontro com o Coro Juvenil de V.N. Gaia. Há ainda a destacar a sua internacionalização, que aconteceu em 1999, com o intercâmbio realizado com o Coro de Limoges – França.
Do seu repertório fazem parte temas de cariz popular, sacro, espiritual,....

No Google Hearth

Cá está a nossa freguesia vista por satélite..

Pena é que ainda não se consiga melhor definição, mas enfim... Fica mais uma perspectiva de Alcafache!

Os Bordados de Tibaldinho

Conhecidos desta freguesia são também os famosos "Bordados de Tibaldinho"!!!

Os bordados que actualmente se designam por bordados de Tibaldinho têm a sua origem numa área geográfica que compreendia várias aldeias do concelho de Mangualde e de Viseu. Eram executados nas freguesias de Alcafache, Fornos de Maceira Dão e São João de Lourosa. A freguesia de Alcafache era a que possuía mais e melhores bordadeiras, daí este bordado ser mais conhecido, primeiro por bordado de Alcafache e mais tarde (devido talvez à perfeição que as bordadeiras de Tibaldinho demonstraram), por bordados de Tibaldinho.


É em Tibaldinho que ainda hoje se pode encontrar maior número de bordadeiras ( e parece que foi sempre assim ).
No entanto o bordado de Tibaldinho tem vindo a decair de ano para ano e mais notoriamente nos últimos vinte e cinco anos, devido à proliferação dos tapetes tipo Arraiolos a cuja manufactura as bordadeiras de Tibaldinho se têm vindo a dedicar.
Antigamente as bordadeiras de Tibaldinho percorriam grandes distâncias, (geralmente a pé) para irem vender os seus bordados de porta em porta. Chegavam a ir até Mangualde, Viseu, Nelas, Caldas da Felgueira, Carvalhal de Alva, S. Pedro do Sul e , até Luso e Buçaco. Algumas bordadeiras iam trabalhar aos dias (por vezes às semanas e aos meses…) para as casas ricas da região, a bordar os enxovais das noivas. Eram executados lençóis, almofadões, almofadas, aventais de servir à mesa, jogos de quarto e sala de jantar, toalhas, e panos decorativos em diversas dimensões e formatos (rectangular, quadrangular e circular).
A toalha de Páscoa, de grande tradição na Beira Alta, era das mais bordadas, assim como as toalhas de baptizado.

Tibaldinho Antigo_____ Tibaldinho Regional


Tibaldinho Moderno









Em Tibaldinho tanto se borda Regional como Moderno.

Estes bordados eram originalmente executados em linho caseiro ou algodão (tipo lençol ). No bordado utilizavam-se fios de algodão baço, embora, em alguns exemplaresantigos já apareça o algodão ligeiramente mercerizado. Actualmente são empregues os materiais que a seguir se descrevem:

Linhas: Actualmente são chamadas de "linhas de lustro".

Panos: Os bordados mais antigos eram executados em linho de fabricação caseira, facilmente reconhecida pela estreiteza e urdidura. Eram ligados à mão em ponto de “luva”. Actualmente utilizam-se os panos comerciais.

Agulhas: Empregam-se agulhas normais, de preferência do tipo mais curto.

Luva: Pequena almofada que a bordadeira usa sobre os joelhos, feita de trapos, de forma oval arredondada com uma dobra num dos lados.

As bordadeiras de Tibaldinho trabalham normalmente ao ar livre, sentadas nos degraus de suas casas (ou lá perto...)